Terminal Rodoviário de Ilha Solteira tem reajuste da tarifa de embarque, melhorias urgentes precisam ser feitas também

Apesar do novo decreto que atualiza os valores cobrados a partir de 2026, usuários criticam as condições precárias de estrutura, limpeza, segurança e iluminação do espaço público.

A Prefeitura da Estância Turística de Ilha Solteira publicou o Decreto nº 7.634, de 24 de outubro de 2025, que atualiza as tarifas de embarque de passageiros no terminal rodoviário do município. O novo texto altera o artigo 3º do Decreto nº 1.288, de 28 de novembro de 1996, e define os valores que passam a vigorar a partir de 1º de janeiro de 2026.

De acordo com o decreto, a tarifa de embarque será de R$ 2,44 para viagens com destino a municípios localizados em até 30 quilômetros de distância, e de R$ 5,22 para viagens a localidades mais distantes. A taxa é cobrada junto à passagem e tem como finalidade custear a manutenção, limpeza, segurança e funcionamento do terminal.

A Prefeitura justifica o reajuste como uma reposição inflacionária, necessária para manter o equilíbrio financeiro da operação. O decreto foi assinado pelo prefeito Rodrigo Batista Gonçalves e registrado pela Secretaria Municipal de Governo, sob responsabilidade de Jessé Nunes Araújo Yukisada.

No entanto, o Terminal Rodoviário está há anos em condições de semi-abandono, sem receber a devida atenção das gestões municipais. Entre as principais reclamações estão a falta de segurança nos horários de embarque e desembarque, sanitários precisando passar por adequação e reforma, cadeiras na área de espera danificadas no piso superior e televisor frequentemente desligado.

Outros pontos são a ausência de sinal de internet pública, que existia até cerca de oito anos atrás, e o abandono da parte superior do terminal, onde o quiosque de informações está desativado e alguns estabelecimentos permanecem fechados, dando um aspecto de abandono ao local.

A falta de iluminação adequada após as 18h, especialmente na área dos boxes de embarque e desembarque, o que gera insegurança para passageiros e funcionários, as luzes tem que na maioria das vezes ser acesas pelos passageiros manualmente nos interruptores junto as colunas da pista de embarque. Além disso, há críticas à ausência de integração com o transporte público municipal, que, diferente de outras cidades da região, não realiza embarques e desembarques no terminal, dificultando o acesso dos munícipes.