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POLÍCIA: Reconstituições não esclarecem caso Carmen, e corpo segue desaparecido

As reconstituições não trouxeram respostas conclusivas sobre o caso, e o corpo da jovem continua desaparecido

POLÍCIA: Reconstituições não esclarecem caso Carmen, e corpo segue desaparecido
POLÍCIA: Reconstituições não esclarecem caso Carmen, e corpo segue desaparecido (Foto: Reprodução)

As reconstituições realizadas em Ilha Solteira, relacionadas à morte da universitária Carmen Oliveira, não trouxeram respostas conclusivas sobre o caso, e o corpo da jovem continua desaparecido. Apesar disso, para a Polícia Civil, os procedimentos foram fundamentais para compreender melhor a dinâmica do crime, ainda que os relatos dos dois suspeitos, Marcos Yuri Amorim e Roberto Oliveira — ambos presos — apresentem divergências.


Marcos Yuri participou da reconstituição na manhã desta quarta-feira, 27 de agosto. A ação ocorreu na propriedade onde ele residia e onde, segundo a investigação, Carmen teria sido assassinada. Ele também acompanhou a polícia em outros locais, onde teriam sido descartados objetos relacionados ao crime.


Já Roberto Oliveira esteve presente na reconstituição realizada no último dia 21, também na propriedade de Yuri e em outros pontos considerados importantes para a apuração dos fatos.


Reconstituições com aparato reforçado
A reconstituição com Marcos Yuri contou com um efetivo policial maior em comparação com a anterior, além da presença de uma representante do Ministério Público. Durante a simulação, Yuri se mostrou emocionalmente abalado em alguns momentos, chegando a chorar, mas manteve o depoimento já prestado anteriormente, no qual responsabiliza Roberto pela morte de Carmen e pela ocultação do corpo.


A maior parte da ação não pôde ser acompanhada de perto pela imprensa, mas o portal Ilhadenotícias apurou que Yuri apenas reproduziu a versão apresentada anteriormente, sem apresentar novos elementos.


Declarações da Polícia Civil
De acordo com o delegado Miguel Rocha, responsável pela investigação, Yuri colaborou com a reconstituição, o que ajudou a esclarecer a sequência dos acontecimentos sob sua perspectiva. Segundo ele, houve coerência em pontos específicos, como nos locais onde o celular de Carmen foi destruído e onde foram descartadas terras com vestígios de sangue retiradas da propriedade.


“O que eles disseram sobre a dispersão de objetos relacionados ao crime é consistente. As versões coincidem nesse ponto”, afirmou o delegado.


No entanto, Miguel Rocha também destacou que a reconstituição reforça o envolvimento de Yuri no crime. “Ficou evidente que ele também participou. Apesar de tentar sustentar uma versão com diversas inverdades, os fatos demonstram outra realidade”, disse.


Encaminhamentos finais
Com as duas reconstituições realizadas, a Polícia Civil se prepara para concluir o inquérito até o dia 5 de setembro. Até o momento, os dois suspeitos continuam se acusando mutuamente pela autoria do assassinato e pela ocultação do cadáver. No entanto, nenhum deles revelou onde o corpo foi deixado.


Diante disso, a tendência é que ambos respondam, em coautoria, pelos crimes de feminicídio e ocultação de cadáver. Atualmente, permanecem presos de forma provisória, mas é provável que a Polícia solicite a conversão para prisão preventiva, o que manteria os dois detidos por tempo indeterminado.

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